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Imagem: Reprodução |
Desde 2003, exite um projeto de lei federal nº 2.479, de 2003, elaborado pelo Chico Alencar
do PSOL
e Ângela Guadagnin do PT, cujo principal objetivo é resgatar
figuras do folclore brasileiro,
em contraposição ao "Dia das Bruxas" ou Halloween.
Saiba mais lendo o texto de Thatiane Faria:
CONHEÇA O SACI-PERERÊ E SAIBA QUAL É A ORIGEM DO SEU DIA
CONHEÇA O SACI-PERERÊ E SAIBA QUAL É A ORIGEM DO SEU DIA
Por Thatiane Faria
No início, o Saci era um curumim, uma criança indígena, travesso, conhecedor e defensor da floresta e possuia as duas pernas
O Dia do Saci é comemorado junto ao Halloween, no dia 31 de outubro, com o objetivo de sobrepor o folclore brasileiro à cultura internacional. Segundo o Projeto de Lei 2479/2003 da deputada Ângela Guadagnin, que pede a instituição da data nacionalmente, “a intenção deste projeto é ensinar às crianças que o país também tem seus mitos, difundindo a tradição oral, a cultura popular e infantil, os mitos e as lendas brasileiras”.
Com ajuda de esforços principalmente da Sociedade dos
Observadores de Saci (Sosaci), o Dia do Saci foi instituído oficialmente, no
estado de São Paulo, em 2004. A entidade ainda luta para garantir que essa data
tenha alcance na legislação de todo o país.
Entre os locais que mais comemoram a ocasião está o
município paulista de São Luiz do Paraitinga, onde também já há uma lei
municipal que institui oficialmente a data. As cidades de São José do Rio
Preto, São Paulo, Vitória, Uberaba, Fortaleza e Guaratinguetá também já possuem
o Dia do Saci em suas legislações.
Origem do personagem
A história do Saci-Pererê surgiu na região que abrange o Sul do Brasil e partes da Argentina, Paraguai e Uruguai, no território dos índios Guaranis, segundo o presidente e fundador da Sosaci, Mário Cândido da Silva Filho. Por não haver relatos escritos sobre o personagem nessa época, não se sabe direito a data certa do seu nascimento, mas sabe-se que ele era um curumim, uma criança indígena, travesso, conhecedor e defensor da floresta. Além disso, ele tinha as duas pernas, diferente do que foi disseminado ao longo dos anos pelo país.
No século 17 foram encontrados os primeiros registros sobre
o Saci e, ao percorrer o território nacional, a lenda foi sendo adaptada e
modificada por onde passava. Por esse motivo, o menino passou por algumas
modificações ao longo da vida.
Após a lenda ter sido assumida e modificada pelos escravos
brasileiros, o Saci que antes era indígena, tornou-se negro, perdeu uma perna e
ganhou o costume de fumar um cachimbo, ou pito. Já desta forma, ele aparece
como um dos principais persoganes dos livros de Monteiro Lobato, na série Sítio
do Picapau Amarelo, responsável por uma grande exposição e reconhecimento do
Saci em todo país.
Segundo Mário Cândido, alguns contam que o “menino era
escravo, mas cortou uma das pernas por preferir ser um perneta livre do que
escravo com duas pernas”. Outros dizem que a perna do Saci é central (não é
esquerda nem direita), o que refutaria a tese anterior. O cachimbo foi
incorporado ao personagem por ser um hábito entre os escravos também.
O presidente da Sosaci conta
que o menino travesso teria entre 70 cm e 77 cm e abrange características de
todo povo brasileiro, considerado uma mistura de outros povos. Além da origem
indígena, que até hoje o faz conhecedor e defensor da natureza, e da cor da
pele, representando os negros, ele a carapuça vermelha representaria o europeu.
Ele explica que “há quem diga esse gorro era usado na Roma
Antiga como símbolo do escravo liberto. Na frança, época da Bastilha o
acessório também era usado como símbolo de liberdade”.
Viva a nossa Cultura, nossos mitos e lendas!
Fonte: http://www.abril.com.br
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