Os escorpiões são pouco agressivos e têm
hábitos noturnos. Encontram-se em pilhas de madeira, cercas, sob pedras,
cupinzeiros e adaptam-se bem ao ambiente doméstico. Como medidas preventivas deve-se evitar
o amontoamento de sapatos, roupas e utensílios domésticos, sacudir e
examinar antes de usar esses objetos; manter berços e camas afastados da
parede, evitar o acúmulo de ferro velho, telhas e tijolos perto de
residências, além de limpar constantemente ralos de banheiros e
cozinhas.
A pessoa picada por um escorpião pode sentir
dor intensa, náuseas, vômitos, salivação, tremores e até convulsão. Nos
casos mais graves podem ocorrer alterações cardíacas, de pressão
arterial, insuficiência respiratória e choque. O tratamento consiste na
aplicação de soro específico, se necessário, e medidas paliativas para
redução da dor.
Os escorpiões de importância médica no Brasil
pertencem ao gênero Tityus, que é o mais rico em espécies, representando
cerca de 60% da fauna escorpiônica tropical. As principais espécies
são: Tityus serrulatus, responsável por acidentes de maior gravidade, Tityus bahiensis e Tityus stigmurus. O Tityus cambridgei
(escorpião preto) é a espécie mais freqüente na Amazônia Ocidental
(Pará e Marajó), embora quase não haja registro de acidentes. As
diversas espécies do gênero Tityus apresentam um tamanho de cerca de 6 a
7cm, sendo o Tityus cambridgei um pouco maior.
Também chamado escorpião amarelo, o Tityus
serrulatus pode atingir até sete centímetros de comprimento. Apresenta o
tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda amarelos sendo esta serrilhada
no lado dorsal. Considerado o mais venenoso da América do Sul, é o
escorpião causador de acidentes graves, principalmente no Estado de
Minas Gerais, mas também ocorre na região da Bahia, Espírito Santo, Rio
de Janeiro e São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
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